Gramínea anual, de plantas semelhantes ao sorgo forrageiro, oferece, como uma das principais características, a de vegetar bem em terras pobres, arenosas e pouco compactas.

Costuma andar melhor que o sorgo, nestes tipos de solo, apresentando, como este, alta resistência às secas. Recupera-se com grande velocidade, após o corte ou pastejo, permitindo seu aproveitamento a cada 25/39 dias, ao contrário do milho, por exemplo.

Durante seu período vegetativo, que é de 120/150 dias, produz massa verde em abundância - de 40 a 50 ton/ ha - possibilitando vários  aproveitamentos no citado período.

A máquina, em terra bem preparada, semeia-se em linhas, 12 a 15 quilos de se- mentes por hectare, com o espaçamento de 30 a 50 cm entre linhas, e, a lanço, 18 quilos de sementes por hectare.

As sementes devem ficar ao redor de 3 cm de profundidade.

A semeadura não deve ser realizada antes que os solo apresente uma boa temperatura (18/20) ,  para que não haja prejuízos em relação à germinação das sementes.

Nos estados do Sul do país, o plantio é realizado, normaltnente, de setembro a janeiro, permitindo aos plantios tardios o reaproveitamento de outono, quando já existe um declínio da produção dos pastos naturais.

Esta planta é indicada por ser completamente atóxica para os animais, em qualquer estágio vegetativo e por poder ser utilizada para corte, pastejo direto, feno e silagem.

Como é uma planta que, devidamente adubada, pode chegar aos 3,00m de altura, torna-se conveniente usá-la quando alcançar os 0,70 ou 0,80 m e não pastejá-la ou cortá-la a menos de O,15 a 0,20 m acima do nível do solo. Isto se deve ao fato de que a área foliar é importante para a rápida recuperação dos pontos de crescimento.

O milheto é recomendado a todo o território nacional, pois é muito nutritivo e proporciona bons engordes. Consorcia-se bem com várias leguminosas, principalmente com o feijão miúdo e lab-lab, determinando o aumento do volume de massa verde, além do valor protéico da pastagem.